MÓDULO 1 - POLÍTICA SOCIAL
MÓDULO 2 - A REPÚBLICA
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A REPÚBLICA DE PLATÃO
MÓDULO 2
Parte 1
A República (Do grego: Πολιτεία, Politeia, do Latin: Res Publica) é um diálogo estilo Socrático, escrito por Platão em torno de 380 AC, sobre a justiça (δικαιοσύνη), a ordem e o caráter da cidade-estado e do homem justo.
É o trabalho mais conhecido de Platão, e provou ser uma das obras de filosofia e teoria política mais influentes do mundo, intelectualmente e historicamente.
No diálogo do livro, Sócrates discute o significado da justiça e se o homem justo é ou não mais feliz do que o homem injusto com vários atenienses e estrangeiros.
Eles consideram a natureza dos regimes existentes e, em seguida, propõem uma série de cidades com sociedades diferentes e hipotéticas em comparação. Isso culmina com a discussão de Kalipolis (Καλλίπολις), uma hipotética cidade-estado governada por um rei filósofo.
Eles também discutem a teoria das formas, a imortalidade da alma e o papel do filósofo e o da poesia na sociedade. Os diálogos podem ter ocorrido durante a Guerra do Peloponeso.
Na República de Platão, a sociedade de une através dos seus representantes eleitos pelo povo para discutir formas e maneiras de resolver os dilemas e problemas que afeta a população.
A teoria da discussão pelos senadores representantes do povo é que se busque de forma racional e simples atender os anseios da comunidade. Todos então embuídos do dever cívico e ético em relação ao seu próximo irá buscar soluções mais rápidas, simples e sem complicações para diminuir as necessidades alheias, como alimento, moradia, higiene sanitária, segurança e etc.
Este discurso em uma tribuna pública seria para os interlocutores a prova de que podemos vivendo em sociedade olhar uns pelos outros, quando não colocamos nossos interesses pessoais em primeiro lugar, mas sim cumprirmos o dever dado a nós como representantes e homens públicos, esta é a base da "Res Pública", o governo trabalha a nível público, a "Rés" é o nível, ela é pública, pois é voltada à política do interesse público, portanto Rés Pública ou República.
Em questão da República, está a busca de uma fórmula que garanta uma harmoniosa administração à uma cidade, mantendo-a livre da anarquia, dos interesses e disputas particulares e do caos completo.
Nos discursos de Platão, discípulo de Sócrates, demonstra-se a necessidade de ter muito cuidado a quem é dado o poder, pois poderá exerce-lo para beneficio próprio e dos seus.
Nos livros II a V os diálogos evoluem para a definição dos princípios da justiça, ou seja, o que constitui a verdadeira justiça administrada à população. O primeiro princípio da justiça seria a solidariedade social, forma pela qual a pessoa contribui para o bem estar coletivo. O segundo é o desprendimento, dever consciente de pessoas realmente dispostas a prover o bem comum.
Deste princípio surgiria a necessidade de uma classe social distinta das atividades econômicas, a dos guardiões, reis-filósofos que sustentariam a felicidade do Estado. A sociedade então, ficaria dividida em três classes: os chefes dos guardiões, os próprios guardiões, ou militares, e os produtores e artesãos. A classe dos guardiões seria constituída por homens e mulheres, em iguais condições, mantidos pelo estado, sem direito à riqueza, não poderiam constituir família.
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